24 de janeiro de 2014

Decisões para mais tarde!

Nestes dias estava pensando em como é difícil nos desconectar de algo, talvez um e-mail que ficou faltando mandar no trabalho, uma ligação ou o que temos que fazer no dia de amanhã, até mesmo coisas de casa, como almoço das crianças, roupa para passar, médico no fim do dia....

Você não acha que o mundo que vivemos é cheio de escolhas? Eu escolho milhões de coisas todos os dias e esta é uma excelente razão de não nos desconectarmos, nestes dias estava correndo na esteira e me senti um ramster, isso mesmo, um ramster na esteira fazendo exercício, no trabalho com horário marcado e ponto para bater, em casa realizando todos os dias a mesma tarefa e assim vai, ramsters mentais, trancados na nossa própria rotina e responsabilidades. Tenho certeza que muitas pessoas que, como eu, nos desdobramos para realizar milhões de tarefas durante o dia, irão entender o que eu tento escrever aqui. Somos escravos de nós mesmos, tentando a cada segundo descobrir o que precisamos fazer para ter certeza de que fazemos o melhor em tudo.

E para o assunto sexo não é diferente. Escolhemos onde beijar, tocar, enfiar, gozar... Com camisinha ou sem? Será que ela está afim hoje? Olha aquela sujeira no teto!!! Me depilei? Cadê meu telefone? Dedo no cu? Sim ou não, sim ou não...Gozar dentro ou fora... e assim vai.

Você começa a ideia e a cabeça não para. O meu medo é que isso seja mais forte que você, nossa vida fora do quarto está tão cheia de regra e tão corrida que estas podem se colidir com o nosso tempo no quarto. O mundo lá fora se insinua e de repente o aumento do orgasmo é uma memória distante substituída, quase sem se perceber, pela lista de supermercado.

Mas acredito muito que para tudo dá-se um jeito. O que devemos fazer é prestar muita atenção nos nossos pensamentos, acreditar que somos donos de nosso cérebro e não escravos dele. Acreditar nas sensações, no sexo, na vontade, na sedução e, sobretudo, no tempo.

Por exemplo, na hora do sexo, não pense onde sua mão tem que ir, se vai ser vaginal ou anal, gozada dentro ou fora, deixe que as sensações tomem conta do momento, deixe de reagir com seu cérebro, seu hormônio tem que tomar conta nessa hora.

Se mesmo assim fica difícil, a estratégia da massagem com a venda nos olhos é infalível. Se não visualizar os movimentos do seu parceiro você pode acalmar sua mente e concentrar-se em seus sentidos. Com os olhos vendados tudo o que você pode fazer é deixar-se levar e permitir que o seu parceiro pense por ambos.

Com isso você se entregará totalmente ao momento, você e seu parceiro irão se sentir mais próximos. Com isso o estresse diminui, a mente se desconecta por um tempo, a sua rotina sexual se manifesta em diferentes ocasiões, você se sentirá mais amado, apoiado e conseguirá pensar fora da caixinha nos momentos de decisões.


Vamos banir a roda do ramster mental por alguns instantes da nossa vida, seja na hora do sexo, na companhia de amigos, filhos, parceiro, seja no sono, no riso ou na cervejinha do fim de tarde. Se comprometa consigo mesmo a energizar-se para o dia seguinte.

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