Muitos me perguntam sobre alimentos que possam aumentar a libido e o que é somente propaganda falsa.
Como não é minha área, andei pesquisando e achei dados muito importantes.
Será que os alimentos podem mesmo ajudar na vida sexual?
Durante séculos as pessoas acreditaram que determinados alimentos poderiam ter efeitos sobre os diferentes aspectos durante sua vida sexual, alguns para aumentar a libido e outros para ajudar na fertilidade de homens e mulheres. Muitas vezes, a origem dos créditos para certos alimentos vêm de nossos antepassados e outros a mídia se encarrega de informar, por exemplo, os aspargos, ostras, ovos, etc. A mídia recentemente defendeu alimentos como semente de abóbora como um ‘viagra feminino’ com base na densidade específica de nutrientes.
Isso quer dizer que há evidência real que alimentos podem influenciar qualquer aspecto de nossa vida sexual?
Acho importante ressaltar em primeiro lugar que há condições que podem claramente interferir com uma vida sexual saudável e satisfatória, exemplos como a depressão, anemia, estresse, infecções constantes na bexiga...
Então parece óbvio que estar saudável irá ajudar uma vida sexual plena, então podemos concluir que seguir uma dieta saudável e equilibrada obviamente ajudará na vida sexual e na fertilidade humana.
Vamos citar a anemia como exemplo, ela pode ser causada por deficiência de ferro, tornando a pessoa apática e sem vontade de ter qualquer atividade, incluindo relações sexuais. Considerando que uma em cada cinco mulheres tem deficiência de ferro, me parece importante defender a ingestão de alimentos que contenham ferro e vitamina C. Como resultado, uma melhora na saúde e bem-estar nas atividades, incluindo sexual.
Pesos extremos, baixo ou alto, podem interferir na vida sexual, reduzir a fertilidade nas mulheres e levar a complicações durante a gravidez e risco de irregularidades no ciclo menstrual.
Uma das razões pelas quais gordura trans e alimentos processados devem ser exceção na dieta diária é o aumento na infertilidade, estresse e disfunção erétil.
Falando em disfunção erétil, a metade dos homens com idades entre 40-70 anos, já apresentaram, pelo menos uma vez, disfunção erétil. Há evidências que a obesidade pode aumentar estas ocorrências, então podemos concluir que estar no peso saudável reduz risco de disfunção erétil. Isso não implica que a pessoa deve estar magra, e sim saudável.
Alguns suplementos nutricionais têm tido resultados promissores para tratar a disfunção erétil em estudos maiores. A evidência mais forte existe atualmente para o ginseng vermelho, mas o efeito placebo para este tipo de disfunção tem se mostrado eficiente em 25% dos resultados, por isso não está claro que em geral o ginseng vermelho realmente ajuda a melhorar a função erétil.
A fertilidade masculina tem se mostrado influenciado pelo seguinte: Concentrações de zinco e selênio no sangue, consumo elevado de soja e isoflavonas, vitamina C, E e beta-caroteno, L-carnitina e vitamina B-12.
Baixos níveis de zinco e selênio no sangue têm se mostrado nos resultados de influência de qualidade do sêmen, enquanto a deficiência de vitamina B-12 tem sido associada a resultados de sêmens anormais e doentes. O consumo elevado de soja e isoflavonas foram associados na diminuição de contagem de espermatozóides.
Por outro lado, maior consumo de antioxidantes, como vitamina C, E e beta-caroteno parecem aumentar o número de espermatozóides e sua mobilidade. Finalmente a suplementação com L-carnitina em homens inférteis tem sido sugerida para aumentar a taxa de gravidez e qualidade do esperma.
No entanto, enfatizo que como toda pesquisa, existem taxas de erros e estes índices de ingestão devem ser acompanhados por médicos de sua confiança.
O único que podemos associar a uma vida sexual plena e sem mitos, é uma vida com dieta saudável. Esta dica não precisa de pesquisas ou experimentos. Sabemos que uma dieta rica em vitaminas e minerais nos ajuda a manter nossa vida sexual plena e longínqua.
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