Hoje acordei pensando o que nos leva a perder a
dignidade diante de nós mesmos, o que nos leva a dizer uma coisa e fazer outra.
Seria obsessão, doença, falta de senso comum ou mimar nosso caráter a ponto de
não sabermos dizer não a nós mesmos?
Como poderia uma terceira pessoa nos respeitar se não o
fazemos?
Como poderia uma terceira pessoa nos amar, se não nos amarmos com
todas as forças?
Autorrespeito é o fruto da disciplina. O senso de
dignidade cresce com a capacidade de dizer não a si mesmo, a dignidade não se
impõe assim como o respeito, devemos merecê-los e isso toma tempo e muita
consciência.
Quando culpamos nosso passado, nossa criação ou nossos
antigos amigos por falta de algo em nossa personalidade, estamos dando
desculpas internas para não mudarmos o que está errado. Terapia seria a
solução? Exercícios físicos? Dieta? Teria
que nascer de novo para mudar?
O primeiro que temos que ter é certeza que Deus não nos
pôs no mundo para sofrermos, ou para que sejamos nada, ou que não ajudemos
ninguém. Viemos por um propósito e devemos buscar incansavelmente o valor desta
missão. Cada pessoa tem um valor inato e pode contribuir para a comunidade
humana. Nós todos podemos tratar uns aos outros com dignidade e respeito,
proporcionar oportunidades de crescimento pleno e nos ajudar mutuamente a
descobrir e desenvolver nossos dons únicos. Cada um de nós merece isso e todos
nós podemos estendê-lo aos outros. Mas como fazer se eu nem sei qual é o meu
dom?
Comece a se respeitar e respeitar seus valores, seus
verdadeiros valores. Se olhe no espelho e busque sua felicidade, sua dignidade
e volte a olhar para você mesmo com muito orgulho do que seu ser humano se
transformou.
Lembre-se que perdemos a dignidade se tolerarmos o
intolerável. Na relação pais e filhos, marido e mulher, chefe e funcionário,
professor e alunos, etc., precisamos dar um ao outro o espaço para crescer,
para sermos nós mesmos, para exercermos nossa diversidade. Precisamos dar
espaço um ao outro para que possamos dar e receber coisas tão lindas como as ideias,
a abertura, a dignidade, a alegria, a cura, e a liberdade de inclusão. A pessoa
que está ao nosso lado e nos cobra coisas absurdas e não nos deixa nem sequer
explicar nossos desejos e convicções é pior que um senhor de escravos que a
cada dia se apodera mais e mais de nossa personalidade.
Se trancamos ou nos trancam em um relacionamento
obsessivo e doentio jamais teremos esta dignidade construída com liberdade de
pensamentos.
Se hoje eu tenho dignidade? Tenho sim, me considero
dona de meus pensamentos, dona de minha personalidade, encontrei meu dom e
consigo expressar minhas convicções com pessoas que estão ao meu redor. Não
tranco ninguém e ninguém me tranca, possuo um relacionamento saudável, com
filhos saudáveis. Temos caráter e boa índole, tenho liberdade de ir e vir e não
culpo meu passado por nada absurdo.
E você? Como anda sua dignidade?